Bahia. A terra da descoberta do Brasil.
Estive viajando com a peça Encanto dos Cantos pelo sul da Bahia. Conheci então Barrolandia, Ponto Central, Itapebi, Itajemirim, Belmonte, Eunápolis e Porto Seguro.
Quando fui informado pela escola que viajaria com a Companhia à região de Porto Seguro, tive aquela imagem dos coqueiros e de suas sombras preguiçosas. Quando cheguei a Ponto Central, descobri que não há espaço para coqueiros, nem sombra, e no lugar da preguiça, o que existe é uma falta de perspectiva.
Sim. Temos favelas nas grandes capitais, mas mesmo aqui em nossas favelas, ainda há alguma perspectiva. Descobri que nossas favelas são bolsões de pobreza. Lá não é pobreza, mas sim miséria.
Crianças enlouquecidas correndo atrás do fotógrafo, por não terem sequer a perspectiva de ter sua imagem guardada. Deram-me a impressão de que queriam que as fotografássemos para registrar sua passagem pela vida difícil da Bahia que os turistas não conhecem.
Mas se elas são sedentas de uma fotografia, nós somos sedentos de uma razão. Andamos pelos asfaltos das capitais, correndo atrás do dinheiro, do sucesso e de uma felicidade de novela.
Quando as vi cercarem o ônibus em que estávamos, descobri que não temos nenhum direito de reclamar.
Nesses próximos dias, dedicarei algum tempo a escrever sobre esta viajem, mas descobri a diferença entre a Descoberta do Brasil e um Brasil Descoberto.
Poucos de nós que se assentam em seus luxuosos carros, poderiam imaginar o que se vê ao levantar os panos que encobrem um Brasil sem perspectiva, sem chance, mas que ainda assim, é capaz de encontrar alegria em uma foto.
O mais emocionante, é que eles encontram alegria em tirar uma foto que jamais verão. Uma foto que sequer sabem para onde vai.
São apenas fotos?
Não.
São fotos de um Brasil Descoberto, esquecido pelos turistas, abandonado pelas instituições.
Um Brasil que sorri pelo simples prazer de ver você.
Um Brasil que precisa ser descoberto.
Um Brasil que precisa ser visto.
Estive viajando com a peça Encanto dos Cantos pelo sul da Bahia. Conheci então Barrolandia, Ponto Central, Itapebi, Itajemirim, Belmonte, Eunápolis e Porto Seguro.
Quando fui informado pela escola que viajaria com a Companhia à região de Porto Seguro, tive aquela imagem dos coqueiros e de suas sombras preguiçosas. Quando cheguei a Ponto Central, descobri que não há espaço para coqueiros, nem sombra, e no lugar da preguiça, o que existe é uma falta de perspectiva.
Sim. Temos favelas nas grandes capitais, mas mesmo aqui em nossas favelas, ainda há alguma perspectiva. Descobri que nossas favelas são bolsões de pobreza. Lá não é pobreza, mas sim miséria.
Crianças enlouquecidas correndo atrás do fotógrafo, por não terem sequer a perspectiva de ter sua imagem guardada. Deram-me a impressão de que queriam que as fotografássemos para registrar sua passagem pela vida difícil da Bahia que os turistas não conhecem.
Mas se elas são sedentas de uma fotografia, nós somos sedentos de uma razão. Andamos pelos asfaltos das capitais, correndo atrás do dinheiro, do sucesso e de uma felicidade de novela.
Quando as vi cercarem o ônibus em que estávamos, descobri que não temos nenhum direito de reclamar.
Nesses próximos dias, dedicarei algum tempo a escrever sobre esta viajem, mas descobri a diferença entre a Descoberta do Brasil e um Brasil Descoberto.
Poucos de nós que se assentam em seus luxuosos carros, poderiam imaginar o que se vê ao levantar os panos que encobrem um Brasil sem perspectiva, sem chance, mas que ainda assim, é capaz de encontrar alegria em uma foto.
O mais emocionante, é que eles encontram alegria em tirar uma foto que jamais verão. Uma foto que sequer sabem para onde vai.
São apenas fotos?
Não.
São fotos de um Brasil Descoberto, esquecido pelos turistas, abandonado pelas instituições.
Um Brasil que sorri pelo simples prazer de ver você.
Um Brasil que precisa ser descoberto.
Um Brasil que precisa ser visto.