sábado, 1 de março de 2008

ESCLARECIMENTO -

A primeira vista, a comédia Trupe de Elite poderia parecer a ridicularização da Autoridade Policial Militar, porém, para todos aqueles que assistem às apresentações, fica bem claro que a intenção é totalmente diversa.

A Companhia Anjos Boêmios, usa do humor como forma de diálogo com o público, e não é diferente com este espetáculo também. Uma vez estabelecida a comunicação da Companhia com o Público, a Companhia Anjos Boêmios se permite colocar no papel de catalisar o pensamento social.

Em relação à Trupe de Elite, o espetáculo tenta propor ao público a representação da realidade policial, tornando claro que debaixo de cada farda, existe um Ser Humano, com seus anseios, expectativas, necessidades, e dificuldades que afetam todos que estão inseridos na dura realidade social.

O fato de usar o humor como linguagem de comunicação, apenas serve como atrativo para o público, não deixando em nenhum momento de ser uma forma de representação que possibilita uma análise e uma reflexão sobre os problemas atuais.

Desta forma, a Companhia Anjos Boêmios vem de público manifestar seu respeito pela Instituição da Polícia Militar, seja ela do Paraná ou de qualquer outro estado, bastando apenas relembrar que em todos os seguimentos da sociedade, existem bons e maus profissionais.

Não se pode fazer desrespeitar uma instituição, por ter em seus quadros profissionais indignos. Se assim fosse, estaríamos a beira do caos, pois seja Magistratura, Ministério Público ou mesmo os inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil, seja o Poder Executivo, ou mesmo o Legislativo, sejam empresas, associações ou agremiações, não há só uma que não tenha sido afetada por um ato de um componente indigno.

Assim, a Companhia ainda coloca em pauta a reflexão de que, A PERDA DE RESPEITO POR INSTITUIÇÕES, E PRINCIPALMENTE EM RELAÇÃO À AUTORIDADE, CONSTITUI EM VERDADEIRO CONVITE À ANARQUIA, A ADOÇÃO DO CAOS, E O VERDADEIRO ABANDONO DO DIREITO E DA JUSTIÇA COMO ÚNICO MEIO DE REGULAR A VIDA EM SOCIEDADE.

Neste sentido, e abraçando a causa dos bons policiais, a Companhia Anjos Boêmios faz questão de veicular a Carta Aberta do Coronel Paul da Polícia Militar do Rio de Janeiro, sabendo esta ser uma manifestação da vontade de todas as Polícias Militares do Brasil.



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Sexta-feira, 22 de Fevereiro de 2008

COMANDANTES GERAIS DAS POLÍCIAS MILITARES DO BRASIL - CARTA ABERTA

RIO DE JANEIRO

21 de fevereiro de 2008

Eu, Paulo Ricardo Paúl, cidadão brasileiro, natural do Rio de Janeiro, nascido em 27 de julho de 1957, Coronel de Polícia do serviço ativo, incorporado em 26 de fevereiro de 1976, lotado na Diretoria Geral de Pessoal, sem função e tendo como última função a de Corregedor Interno, publicamente, solicito aos Coronéis de Polícia do Brasil, no exercício da função de Comandantes Gerais, que desenvolvam as seguintes providências, em respeito à honra pessoal, ao decoro da classe e ao pundonor Policial Militar:

1. Reúnam os Comandantes, Chefes e Diretores de todas as Organizações Policiais Militares e leiam essa Carta Aberta;

2. Determinem que cada Comandante, Chefe ou Diretor reúna os Oficiais sob suas ordens e leia essa Carta Aberta;

3. E que os Oficiais reúnam todos os Praças sob suas ordens e leiam essa Carta Aberta.

“A gloriosa e heróica Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, gênese de todas as Polícias Militares do Brasil, se encontra sob "intervenção" do Poder Executivo Estadual.Uma "intervenção" que tem por objetivo manter excluídos da cidadania os Militares de Polícia, que percebem salários famélicos e que trabalham sob as piores condições possíveis.Essa foi a resposta dada à mobilização cívica promovida pelos “Coronéis Barbonos” e pelos “40 da Evaristo”, que cobravam o resgate da cidadania do Policial Militar, através da concessão de salários dignos e de adequadas condições de trabalho.O Policial Militar do Estado do Rio de Janeiro arrisca a sua vida diariamente em defesa do cidadão fluminense, recebendo menos de R$ 30,00 (trinta reais) por dia, metade do que recebe uma diarista para limpar uma residência de classe média.O Chefe do Poder Executivo, diante das justas reivindicações feitas para o resgate da cidadania do Policial Militar - que recebe o segundo pior salário do Brasil -, responde com a inércia própria dos que esquecem as promessas, o que faz com que a mobilização cívica ganhe as ruas e receba o apoio da Sociedade Fluminense.Atos cívicos ocorreram ordeira e pacificamente, comparecendo Oficiais e Praças, todos de folga, em trajes civis e desarmados.A população aplaude os nossos pleitos.Os nossos direitos constitucionais estavam sendo exercidos sem causar qualquer transtorno ao cidadão fluminense.Impotente para reverter o maciço apoio da Sociedade Fluminense, surge o autoritarismo e o arbítrio, como tentativas de enfraquecer a nossa mobilização cívica.O nosso digno e competente Comandante Geral - Coronel de Polícia Ubiratan de Oliveira Angelo - foi “arrancado” da função no terrível dia 29 de janeiro de 2008.Sob um “regime intervencionista”, a troca do Comando Geral ocorreu sob as vistas do Secretário de Segurança e entre quatro paredes, longe da tropa, da população fluminense e da mídia, impedida de cobrir o evento.Um ato de autoritarismo sem precedentes na história brasileira e na heróica história das Polícias Militares.No auge do exercício de uma postura antidemocrática, é imposto como Comandante Geral da PMERJ um dos Coronéis Barbonos, coronel que desde o início da mobilização cívica participou de todos os atos e assinou todos os documentos, inclusive o compromisso de não assumir o Comando Geral, em nenhuma hipótese.Ele assume e simultaneamente fere de morte a sua honra pessoal, o que determina a sua indicação para submissão à análise ética do Conselho de Justificação, na conformidade da lei, o que não ocorrerá nesse período de exceção.E a partir desse dia, com a imposição de um comando sem qualquer legitimidade junto aos Oficiais e aos Praças, temos assistido toda a sorte de arbitrariedades e de oportunismos, interna corporis.A honra pessoal foi posta de lado, como se pudesse ser guardada no armário do alojamento.Tenham certeza, Policiais Militares do Brasil, temos lutado contra tudo isso, com todas as armas que a legislação permite e que a dignidade exige.Temos buscado o Judiciário e o Ministério Público, além de todos os recursos administrativos.Porém, essa é uma luta muito difícil, uma luta contra o poder!Um poder que tudo pode na sua onipotência.Um poder que faz e desfaz decretos segundo os seus interesses pessoais, com o claro objetivo de constranger os Oficiais mobilizados civicamente.Ameaças passam a fazer parte do vocabulário castrense, com o objetivo de cercear a nossa cidadania.E a palavra “traição” passou a habitar a caserna.Lutamos uma “guerra” contra a opressão civil, uma verdadeira “ditadura de terno e gravata”.Lutamos e continuaremos lutando, pois não conhecemos derrotas.E continuaremos lutando até o restabelecimento da honra institucional e da nossa honra pessoal, não tenham dúvidas sobre isso.As ofensas dirigidas publicamente a Coronéis de Polícia, citados como chatos, sindicalistas, irresponsáveis e que não desejam trabalhar, não ficarão sem respostas a altura, tenham certeza.Realizaremos tantos atos cívicos quantos forem necessários para mobilizar toda a sociedade fluminense – o cliente dessa insegurança pública – na luta pelo resgate da cidadania do Policial Militar.Por derradeiro, esclareço a motivação dessa “Carta Aberta”: o pedido para que tomem todas as providências cabíveis para evitar que os dias de terror vivenciados na gloriosa e heróica Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro nunca ocorram na Polícia Militar que vocês escolheram para servir, para amar e para morrer, se preciso for!Façam ecoar o nosso brado por todo esse país continente, esse Brasil que afunda no lamaçal dos escândalos políticos de cada dia, nos escândalos de terno e gravata:

“JUNTOS SOMOS FORTES!”

PAULO RICARDO PAÚLCORONEL DE POLÍCIA

TRUPE DE ELITE (Samuel Rangel)


Trupe de Elite é um projeto de Teatro Experimental, baseado em roteiro e improvisação, que utiliza como cenário uma locação de bar. A idéia de Samuel Rangel foi muito bem recebida pelo talentoso ator Rafael Magaldi, que prontamente aceitou o convite, estreando então o espetáculo no último final de semana de setembro de 2007.

Durante todos os finais de semana do mês de outubro, Samuel Rangel e Rafael Magaldi interpretaram o espetáculo, que na época misturava a idéia com apresentações de esquetes onde Rafael incorporava seus personagens como o Marido, a Velha, Junior, Anali, além de outros.

Como Rafael assumiu alguns trabalhos perante a Rede Globo, que tornaram sua agenda incompatível com a idéia, Samuel Rangel convidou os atores Altamar Cezar, Piu Ricetti, Luiz Aguiar Junior, Déia Truppel para levar a idéia adiante. Na segunda montagem, Trupe de Elite passou a tratar exclusivamente da atividade policial, retratando uma cena em que um meliante (Alfinete), na intenção de fugir da polícia, entrava no bar para tentar se esconder.

Neste formato a peça foi apresentada então, em temporada de um mês, no bar Ponto Final, até o penúltimo final de semana de novembro. Após, a peça foi convidada para abrir Festival de Teatro de Campo Largo, realizando mais uma apresentação no dia 1º de dezembro, e fechando as cortinas do festival no dia 08 de dezembro de 2007. Esta também foi a última apresentação da Companhia Anjos Boêmios em 2007. A atuação de Piu Ricetti em Trupe de Elite, somada com a interpretação do personagem Caio em Analice em Busca do Homem Perfeito, rendeu a ele o prêmio de Melhor Ator 2007.

Encerrado o ano, a Companhia Anjos Boêmios passou a realizar seus projetos para 2008, os quais podem ser conhecidos na página da internet http://www.companhiaanjosboemios.blogspot.com/ ,

Acompanhando a tendência da companhia, Trupe de Elite também foi adaptada. Em virtude da ampliação do elenco da Companhia Anjos Boêmios, Trupe de Elite cresceu, recebendo novo tratamento, com novas histórias, novos personagens, e novo elenco.

Hoje Trupe de Elite tem um roteiro extremamente flexível, interpretado no mínimo por quatro atores, e admitindo apresentações com mais de quinze personagens, respeitando ainda fielmente a técnica de roteiro e improvisação. Assim, torna-se bastante interessante saber que no roteiro constam simplesmente de 6 a 9 fatos que ocorrerão durante a apresentação. Os atores, concentrados no subtexto do papel que interpretam, dão a estes fatos as respostas compatíveis com a psique do seu personagem, adequando à resposta do público que acompanha a apresentação, tornando a história extremamente imprevisível.

Exatamente por isso, Trupe de Elite muda a cada apresentação, servindo inclusive de laboratório e oficina para o elenco.

Estreando agora dia 06 de março no Ice Beer Hot Bar, e estendendo temporada todos os sábados do mês de março no Espaço A do Clube 3 Marias, Trupe de Elite, Segunda Temporada, vem com o slogan Ainda mais Ferozes e Estressados.

É com certeza mais um projeto da Companhia Anjos Boêmios que carrega a marca da ousadia, irreverência e despretensão, fórmula para perfeita para levar muito entretenimento para o público Curitibano.