segunda-feira, 18 de agosto de 2008

PUDIM! OLHA O PASSARINHO!

Então aparece alguém com aquela máquina, e logo o grupinho começa a se juntar e fazer pose para a foto. Atenção. Digam X! Digam Clitóris! Digam “Cêtas”, e preparem-se para mais um registro para a eternidade. Antigamente era clique. Agora é só o flash mesmo que denuncia.

Mas o mais interessante, é que normalmente sempre tem um “fela” pra avacalhar com a sua foto. De nada adiantou a loirinha fazer toda aquela pose, pois o cidadão do lado estava olhando diretamente para os seus seios. Essa foto não vai para o orkut.

Numa pesquisa realizada por alguma instituição de "muito pouca credibilidade", ficou revelado que centos por cento de fotos são inutilizadas por um tipo único de espírito de porco. O avacalhador da fota alheia. Essas criaturas estão lá, esperando você prender a respiração para borrar aquele registro daquele momento maravilhoso. A careta, o chifrinho, o dedinho deselegante, o fantasma da ópera, são vários os truques índios para sacanear uma foto.

Quando Luciane me mandou o email, lembrei do Pudim. Aquele mesmo, o bêbado da peça Analice em Busca do Homem Perfeito, que sobre ao palco para avacalhar com a história inteira, e principalmente com a coitada da Analice.

E vendo as fotos que chegaram, logo reconheci a família do Pudim estragando as fotos dos outros.
Esta é a tia do Pudim desfilando na praia.


Este é o Pudim dormindo na praia.
Esta é a prima do Pudim no barzinho com um amiguinho.
Este é o irmão do Pudim. Aquele ali. Olha mais de perto, mas não muito.

Valeu Lú.

ENTÃO A VARA SUMIU...


Lá estava ela, pronta para alcançar os céus, depois de anos de treino, meses de preparação, horas de concentração, e em segundos... Puf! A vara sumiu. E lá estava ela afoita, desesperada, procurando alguém que desse conta do estranho sumiço. Como forma de chamar a atenção e fazer com que a organização abrisse os olhos para o absurdo, ocupou a pista impedindo a seqüência da prova. Corria de um lado para o outro tentando despertar alguma compreensão para seu problema. Se a competição era “Salto com Vara”, ela poderia ser desclassificada ao tentar um “salto sem vara”. Isso se conseguisse a mágica de alcançar os quatro metros e meio sem o auxílio do material. Não adiantou de nada. Fechem os portões do Ninho de Passarinho, pois uma vara de quase cinco metros de altura, sumiu.

Para nós que cultivamos uma barriguinha com a cerveja, normalmente some a chave do carro, o lazarento do isqueiro Bick, ou aquele Pen Drive com os últimos arquivos do escritório. E isso já é o Caos, um enorme transtorno. Quantas vezes vi meu irmão gritando enlouquecido pela casa: Marley, cadê minha chave?

Mas para nós, existem os métodos de busca. Alguns acerditam no Negrinho do Pastoreio, e logo vão acedendo a vela. Outros mandam o irmão mais novo dar um jeito de encontrar. Alguns pedem para a mulher, mas uma quantidade bem significativa, recorre a ninguém menos que São Longuinho.

São Longuinho São Longuinho. Se eu encontrar a chave, vou dar três pulinhos. Pronto. Puf. Lá está a chave dentro do bolso furado da jaqueta chinesa. Opa. Voltando a falar de China, e a vara da moça, onde está?

Não bastava a natação brasileira ter dormido de toca, e ter sido salva por César Cielo (pois é dito: Dai a César o que é de César), o tropeço as avessas de Diego Hipólito, e tantas outras decepções na participação brasileira nos jogos Olímpicos, agora vão me sumir com a vara da moça. Valha-me Deus. E você deve saber o quanto uma mulher fica irritada sem a sua vara. Para você que é homem, pense em como você se sentiria se estivesse ali, prestes a alcançar a glória e os céus, e não pudesse contar com sua vara. Imaginou?

E por mais que a preparada atleta brasileira tenha dado seus três pulinhos, a vara não apareceu. A americana que disputava com a Russa o final da prova, sob a ameaça de invadir algum país petrolífero, até conseguiu dar seu quarto salto, no lugar dos 3 previstos. São Longuinho deixou Fabiana Murer na mão. Deixou na mão dos chineses.

E onde eles deixaram a vara? Isso sabe Deus. Eu mesmo gostaria de saber onde colocaram a vara. Pense no quão dolorido seria para alguém roubar uma vara de cinco metros e esconder para sair do estádio. Como sugestão, a polícia chinesa deveria buscar nos hospitais, no pronto socorro, por algum empalamento, pois uma coisa é certa. Alguém enfiou essa vara onde não devia.

Mas para nosso alívio, os ventos sopram generosos para as nossas musas da vela, e mais um bronze está em nosso peito. Estamos garantidos na final do Vôlei de Praia, no Futebol Feminino, no Futebol masculino ... Opa. Neste não. Neste teremos que passar antes pela Argentina.
Aliás, seria um tanto quanto irônico, se o Futebol Feminino, por tanto tempo renegado pelos sérios dirigentes do futebol brasileiro, conquistasse a primeira medalhe da ouro, antes do futebol masculino, movido por milhões e milhões de dólares, e protagonizado por Estrelas que fazem inveja a qualquer, e que até hoje não conseguiu trazer essa douradinha para casa.

Mas isso de ironia, isso é coisa do destino. Esse moleque brincalhão de apenas sete anos de idade, egoísta e impiedoso, que provavelmente seja o responsável pelo sumiço da vara de Fabiana Murer.

Tudo bem Fabiana. Perder por um capricho do destino, é coisa que acontece, e que ninguém poderá cobrar do atleta. Mas se faltou vara para a sua glória, que não falte culhões para os jogadores de futebol da seleção brasileira. Esse tipo de derrota é aquele que não se pode aceitar.
No mais, sobre o sumiço da vara e a postura da organização da prova, vai a frase que li no perfil de uma amiga minha no orkut.

“Se a culpa é minha, eu coloco ela em quem eu quiser.”