Numa tradicional igreja da capital paranaense, há poucos dias, a noiva resolveu se demorar um pouco mais. E um pouco mais ... Um pouca mais ainda... Ainda mais ....
O Padre, conhecido nas terras Tinguis, foi para a Sacristia e lá ficou esperando o Rocambole Branco entrar. Sem ter o que fazer nos intermináveis minutos de espera, resolve se abraçar com o vinho, que ao que se soube, não era batizado não. E como vinho de sacristia é doce, o doce se fez agradável ao paciente padre. Mas como a verdade normalmente está no fundo de uma garrafa de vinho, não se poderia esperar tanta paciência mais. Com a chegada da noiva, o padre entrou no altar com ares de poucos amigos. Deu uma olhada para a noiva como se exclamasse silenciosamente : tanto tempo para isso? Ao que se soube, o olhar retribuído pela noiva não foi dos mais amistosos. Ali, no começo da cerimônia, estava selada a discórdia entre Padre e Noiva.
Após as falas de praxe, o Padre resolve adentrar ao sermão, e o vinho já lhe fazia alguns embaraços.
Foi neste momento que ele olhou para a noiva e perguntou: Você sabe qual deve ser a maior virtude de um homem perfeito? Ele deve ser surdo!
A igreja riu com em um show de Diogo Portugal. Mas como quem ria era o “público” masculino, logo uma avalanche de olhares femininos fez silenciar novamente o templo.
Por um descuido, o noivo perdeu o tempo da piada e estendeu um pouco mais a sua risada, acabando por arrematar: Boa essa!
Os que estavam na primeira fileira puderam ouvir claramente quando a noiva falou baixinho:
Já que você não é surdo, poderia manter-se mudo por mais alguns instantes.
Aconteceu de verdade, mas eu não digo onde, nem quando, nem com quem.
Fica só um conselho... ou seriam três?
1) Se você é a noiva, e for demorar muito para chegar, certifique-se de que não há vinho na sacristia;
2) Se for o Padre, saiba que não é pelo fato de ser uma igreja, que todas as verdades deverão ser ditas;
3) Se for o noivo, aprenda a fingir que não ouviu, e se ouviu, faça de conta que não sabe falar.