segunda-feira, 17 de maio de 2010

MAMADEIRAS DE PLÁSTICO, BISFENOL E RISCO PARA A SAÚDE DE NOSSOS FILHOS (Samuel Rangel)


MAMADEIRAS DE PLÁSTICO, BISFENOL E RISCO PARA A SAÚDE DE NOSSOS FILHOS (Samuel Rangel)



Nas mamadeiras, e demais produtos de plástico, na parte de baixo você encontra um número dentro do triângulo. Se o número for 7, essa embalagem contém Bisfenol

Queria “agradecer” aos responsáveis pela sensação amarga que hoje tenho.

Não bastasse, há algum tempo, o escândalo da soda cáustica no leite, agora percebo que durante os primeiros anos de vida do meu filho, eu servia aquela porcaria, misturada com algum achocolatado, e o é que pior, em uma mamadeira que, agora sei, gera um grave risco à saúde da criança.

Trata-se de mais uma manifestação do descaso dos poderes públicos para com o cidadão.

Espero que o Ministério Público e as demais autoridades, encontrem algum tempo para averiguar esse absurdo e promover a responsabilização de todos os envolvidos em mais esse crime contra a saúde pública.

Para melhor apreciação do tema a notícia segue para sua análise e ponderação.

Quanto à soda cáustica no leite, já faz algum tempo, era novembro de 2007, quando eu me revoltei enquanto fazia o toddynho para meu filho. O texto está publicado no endereço abaixo deste, e faz parte da coluna “COISAS QUE EU DISSE” no site www.samuelrangel.wordpress.com .
(http://anjosboemios.blogspot.com/2007/11/dramas-tpicos-de-um-pai-brasileiro.html)

Apenas resta a pergunta se alguém já foi punido, e espero, sinceramente, que alguém do Ministério Público possa responder essa pergunta. Pode ser através de comentário mesmo, mas precisamos de resposta.

A notícia do Fantástico:

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Mamadeira de plástico ou de vidro? “Eu compro de plástico”, cita outra mãe. “Prefiro mamadeira de vidro”, comenta mais uma.

A mamadeira de plástico é motivo de preocupação em vários países. Pesquisas mostram que, em determinadas condições, o plástico pode liberar uma substância prejudicial às crianças. A substância é o bisfenol A, também conhecida como BPA.

No começo do ano, o departamento americano que controla remédios e comidas passou a orientar as famílias a tomarem cuidado com o plástico na preparação da alimentação infantil. Essa notícia pegou muitas mães de surpresa, gerando muitas dúvidas e preocupações. Por isso, o Fantástico reuniu três mães – a Andréia, a Rosana e a Mônica – com o doutor Anthony Wong.

Quanto mais nova for a mamadeira, maior a quantidade de bisfenol ela desprende? “Sim. Quanto mais nova a mamadeira. Se essa mamadeira for de plástico e conter bisfenol A, certamente quanto mais nova a mamadeira maior quantidade dessa substância”, explica Wong.

Assim como nas mamadeiras, as chupetas fabricadas com BPA ou bisfenol também podem fazer mal à saúde. “Existem sete classificações internacionais para o plástico. O 1 a 6 não têm BPA. O maior risco é grupo 7”, diz Wong.

Dicas para as mães
Preste atenção: o número 7, que indica presença de bisfenol , normalmente aparece dentro de um triângulo, na parte de baixo de produto. Anote outras dicas importantes: pratos e potes plásticos também podem conter bisfenol A. Por isso, aqueça os alimentos em recipientes de vidro ou cerâmica. Não ferva nem lave a mamadeira com água quente. Basta detergente e água fria.

As indústrias estão proibidas de fabricar mamadeiras com esse tipo de substância no Canadá, Costa Rica e Dinamarca. Na França, o Senado aprovou a proibição em caráter provisório. Nos Estados Unidos, o bisfenol A foi proibido nos estados do Illinois e em Minnesota. Outros estados americanos debatem o assunto.

“Existe sim relação entre o BPA e câncer”, afirma Sarah Vogel, doutora em química pela Universidade de Columbia. “Quanto mais jovem, maior o grau de exposição”, completa.
As pesquisas sobre os efeitos do bisfenol em seres humanos ainda não são conclusivas e dependem de novos estudos, mas os dois médicos ouvidos pelo Fantástico afirmaram que não há motivo para pânico.

“Eu acredito que não é um motivo de alarme para as pessoas, mas simplesmente uma forma de você ficar atento. Você esquenta num lugar passa para o outro e acabou”, afirma Paulo Saldiva, do Laboratório de Poluição Atmosférica da Universidade de São Paulo (USP).

“A prática de aquecer o leite em outro frasco, que não seja de plástico, passar para a mamadeira e dar imediatamente para a criança ameniza o problema?”, pergunta uma mãe.

“Sem dúvida. Você deixa esfriar um pouquinho e depois transferir para a mamadeira numa temperatura ambiente, o risco de eluição, a saída do BPA do plástico para o leite ou para o líquido lá dentro, é praticamente zero”, explica Wong.

Uma última dica dos médicos: amamentar no peito é sempre melhor do que qualquer tipo de mamadeira.

“Se possível, até 1 ano de idade. Exatamente porque o leite materno sai diretamente, realmente está isento não só de bisfenol, como de um monte de outros contaminantes. Além de fornecer à criança anticorpos que protegem contra doenças tão graves da infância”, conclui o médico.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informa que, no Brasil, o limite é de 0,6 miligrama de bisfenol para cada quilo de plástico. Em nota enviada ao Fantástico, a Anvisa diz que acompanha a discussão internacional sobre o bisfenol, e que considera seguro para o ser humano o limite vigente no país para essa substância.

Divulgue para todos aqueles que têm criança em fase de mamadeira.