sábado, 3 de janeiro de 2009

CONVERSÕES MENTECAPTAS


Interessante que algumas discussões religiosas não guardem nenhuma relação com a fé dos envolvidos. É como se ao mesmo tempo se tentassem converter o interlocutor dizendo-lhe que é tarde demais para mudar de fé.
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E eu estaria desautorizado a falar sobre o tema, pelo simples fato de que não sou nenhum exemplo em matéria de religião, mas ainda que não frequente com assiduidade aos templos onde dizem que se pratica minha fé, prefiro ter lampejos de fé no meu dia a dia.
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Rompo o meu silêncio então, por não admitir que a política domine a fé, e através das distorções onde só a política consegue mexer malabares, proponha o nome de "santo" ao que é vil.
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Independentemente de que nome dê você ao seu Deus, tenho certeza de que Ele é o único, e portanto, o mesmo Deus em que acredito. Apenas lamento que alguém julgue correto o ato de converter através da morte. Não existe conversão onde a vida se esvai.
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Mas se por um lado lamento, por outro a indignação me enlouquece. Quando crianças morrem antes mesmo de terem alcançado a chance de escolher sua fé, não há uma só religião no mundo que torne isso aceitável aos Olhos de Deus.
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Sob a troca de insultos, acusações e agressões, muitas pessoas já morreram em nome da fé, justamente a luz que deveria nortear o homem pelos caminhos da vida.
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E o que seriam dessas minhas loucuras se eu não tivesse fé?
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Que fé é essa então que deixa louco a tantos?
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Independentemente de culpas, uma boa forma de conter uma luta, é conter o mais forte. Não existe legítima defesa sagrada que justifique os mísseis contra as pedras.
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Como pretendem estes e aqueles a propagar sua fé? Atavés de seus atos?
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Prefiro continuar nos limites de minha fé.

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