domingo, 19 de agosto de 2007

31 de julho de 2007 12:00 12:00



Ponto para o Amigo
Desde que fui a Cuba, em 1998, passei a nutrir um especial respeito pelo povo cubano, e de certa forma, foram pelo chão todos os conceitos imperialistas sobre Cuba. Tive a oportunidade de discutir abertamente (em que pese em voz baixa) o regime socialista imposto em Cuba, e dos cubanos tive críticas e elogios. Mas percebi que o regime se sustenta por vontade do povo Cubano.

Essa minha admiração por aquele povo (tirando nos momentos das partidas de volei feminino, onde o ódio ronda minha alma), fez-me um simpático torcedor do esporte cubano. Nós, da imensa terra brasileira, lutamos muito para ficar em terceiro, pois já era certo que Cuba não seria ultrapassada, e muito menos os xerifes americanos.

Em um bate papo de churrasco, onde o Sidney era o anfitrião, discutindo com o Parolin, sobre Pan-Americano e sobre esporte, sobre Cuba e sobre a terra brasileira (onde não se aconselham vôos), mais uma vez nos braços da cerveja me empolguei. Comecei a defender Cuba de forma incisiva. Cheguei a dizer que Cuba era melhor que o Brasil (ok, agora peço desculpas). E lá pelas tantas dei o exemplo da cultura do povo cubano, da sua saúde pública, e de seu desempenho nos esportes.

Então, Parolin que não é novato nas artes do sarrismo, olhou bem para mim e perguntou: E na natação? Você viu o desempenho dos cubanos?

De pronto respondi que Cuba não tem bom desempenho na natação.

E ele logo arrematou: Claro. Em Cuba não tem nadador. Os que sabem nadar já estão em Miami.

Ponto pro amigo.

Mas ainda que caindo ao solo, nocauteado por tão fantástica observação eu pergunto:

E se arrastassemos o Brasil para não mais que cento e cinquenta milhas náuticas de Miami. O que aconteceria?

Pois bem...

Acho que não teríamos presidente.

Um abraço a todos

Samuel Rangel

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