domingo, 19 de agosto de 2007

SEM FADA por Samuel Rangel

Já não vejo mais a fada

Nem ouço o som dos bandolins

Na mesma solidão dos bares

Lembro-me da música que a gente ria


Metade de mim é saudade

Ficou velha a nossa fotografia

Deixado em um planeta absurdo

não se encontra pra aquela folia


Canta uma canção bonita

Como se o planeta fosse explodir

E ainda que não seja como a gente quer

Ainda sou aquele menino


Sem querer falar perfeito

Cuidar do amor exige mestria

Não quero mais ser estrela

Basta-me a beira do mar


As coisas se transformam

Para sempre não é todo dia

Engana essa nossa loucura

Foi essa minha agonia


Com vontade de ser sozinho

Metade homem metade animal

Sem o compromisso estreito

Vou ver o seu sinal

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