Até onde devemos ir. O mundo, de forma geral, tem sido um palco de horrores. Sem o alarmismo sensacionalista, mas sem a passividade alienada, é certo que melhoramos após a morte de Drácula, evoluímos com o final das Cruzadas, crescemos com os Direitos Humanos e nos desenvolvemos após a Revolução Industrial. Porém, há algo na humanidade que insiste em nos remeter ao primitivo. Os Canibais que habitavam estas terras brasileiras, alimentavam-se de seus inimigos, imaginando que ao ingerir seus cérebros, absorveriam os conhecimentos das vítimas. De certa forma a burrice já era de pronto revelada, pois o vencedor queria absorver a inteligência do perdedor. Se a sua inteligência fosse tão valiosa assim o perdedor não acabaria em uma fogueira. O Canibal de hoje em dia, é aquele que alimenta suas vitórias das derrotas alheias. O funcionário que provoca a demissão de seu superior almejando o seu cargo. O profissional liberal que remete o valor de seus serviços ao irrisório para ganhar a concorrência. Muito parecido com isso foi o que aconteceu recentemente com a Varig, quando as outras empresas fizeram despencar o valor das passagens aéreas abaixo do transporte rodoviário de luxo. A empresa mais antiga não ia bem das “asas”, foi armado um complô para acabar de botar a Varig na panela. E foi mesmo. Mas como vimos na tragédia fresca em nossas memórias, um canibalismo que fez com que poltronas fossem amontoadas em aviões superlotados, que não podiam parar sequer para a manutenção necessária e aconselhável. Mas a justiça brasileira é acostumada a estipular pequenas indenizações nesse tipo de ocorrência. Para tanto basta ver o acidente da mesma empresa acontecido a quase uma década. Aliás, justiça brasileira que concede o direito à liberdade aos juízes que estão sendo julgados pela prática de venda de sentenças, consultoria ao narcotráfico, e mais todo o tipo de maracutaia que boa parte dos brasileiros não ousaria fazer sequer nos tempos de escola.
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